“A composição deve ser uma de nossas preocupações constantes, até nos encontrarmos prestes a tirar uma fotografia; e então, devemos ceder lugar à sensibilidade...” (Henri Cartier-Bresson)
Composição fotográfica é a seleção e o arranjo agradáveis dos assuntos dentro da área a ser fotografada. “Fotografia é uma arte e é assim que deve ser encarada”...
O que torna uma fotografia mais atraente do que a outra? É a sua sólida composição.
Arranjos são feitos colocando-se figuras ou objetos em determinadas posições. Às vezes, na mudança do ângulo de tomada você pode deslocar sua câmera suavemente, acarretando uma mudança considerável na composição.
Uma foto bem composta exige planejamento e paciência... Como forma de orientar o estudo da fotografia, descrevemos a seguir alguns elementos da linguagem fotográfica e suas finalidades...
Antes de tirar a foto, imagine a área da fotografia dividida simultaneamente em 3 terços verticais e horizontais, isto é, trace três linhas paralelas imaginárias no sentido horizontal e no sentido vertical da fotografia. As interseções destas linhas imaginárias sugerem 4 opções para a colocação do centro de interesse para uma boa composição. A opção depende do assunto e como o fotógrafo quer que ele seja apresentado. Geralmente, fotos com assuntos centralizados, tendem a ter uma característica mais estática e menos interessante do que fotos com o assunto fora do centro. Você deve sempre considerar a direção do movimento dos assuntos, e deixar um espaço na frente, dentro do qual possam se movimentar. Pode-se também aplicar a orientação da regra dos terços na colocação da linha do horizonte em sua foto, pois a linha do horizonte dividindo a foto ao meio, dá uma sensação de estática. O mesmo vale para assuntos verticais. Estes pontos em que se cruzam estas linhas chamam-se “Pontos de Ouro”.
Denomina-se Tom a transição das altas-luzes (áreas claras) e para a sombra (áreas escuras). A gama de cinzas existente entre o preto e o branco. O ponto médio de cinzas numa escala é de 18%. Chave Tonal significa que toda fotografia tem praticamente o mesmo tom de cor. Quando se tem cores iguais, significa uma chave tonal alta, e quando se tem cores diferentes, significa uma chave tonal baixa. Em uma fotografia que se tem apenas alguns tons de cinza, onde se vê apenas a silhueta de um objeto recortada contra um fundo branco, onde o preto e o branco é predominante, não existindo portanto tons de cinza, esta será considerada uma fotografia dura em alto-contraste, isto é, a fotografia está bem contrastada. Quando as áreas brancas são em excesso, dominando a cena, a correção deve ser de ½ a 1 ponto de abertura, fechando o diafragma, conforme as condições da imagem. Já uma imagem onde predominem os tons de cinza poderá ser considerada uma fotografia suave e portanto, pouco contrastada.
De monoton significa que a fotografia por inteiro tem o mesmo tom, e de contraste significa que a diferença das cores é bem marcada ou tem uma dura diferença. Outra composição por formas. Como fazer a variação de tudo que se tem o mesmo padrão? Com a chave tonal. Fotos de formas iguais usa-se cores diferentes, já nas formas diferentes, usa-se cores iguais. As cores que mais contrastam são: amarelo e roxo; azul e vermelho; azul e amarelo. Exemplo:
A forma fechada tem bem demarcado todo o contorno da imagem, e a forma aberta não mostra o limite da imagem.
Quanto ao distanciamento da câmara em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos internos do enquadramento, verifica-se que a distinção entre os planos não é somente uma diferença formal, cada um possui uma capacidade narrativa, um conteúdo dramático próprio. É justamente isso que permite que eles formem uma unidade de linguagem, a significação decorre do uso adequado dos elementos descritivos e ou dramáticos contidos como possibilidades em cada plano.
Veremos cada plano, usando a nomenclatura cinematográfica para, didaticamente, facilitar as definições dos enquadramentos ajudando seu estudo. Os planos se dividem em três grupos principais (seguindo-se a nomenclatura cinematográfica): os plano gerais, os planos médios, e os primeiros planos. Os Planos determinam o distanciamento da câmera em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos dentro do enquadramento realizado. Uma mesma fotografia pode conter vários planos, sendo classificada por aquele que é responsável por suas características principais.
Enquadrar o centro de interesse focalizando objetos que estejam no “Primeiro Plano”, nos dá a sensação de profundidade. Usar ou não o enquadramento para uma foto, dependerá de cada novo assunto e o que o fotógrafo escolhe como moldura, varia a cada foto tirada. Também é comum utilizarmos a expressão “Segundo Plano” para nos referirmos a assuntos, pessoas ou objetos, que mesmo não estando em destaque ou determinando o sentido da foto, têm sua importância.
Grande Plano Geral (GPG) – O ambiente é o elemento primordial. O sujeito é um elemento dominado pela situação geográfica. Objetivamente a área do quadro é preenchida pelo ambiente deixando uma pequena parcela deste espaço para o sujeito que também o dimensiona. Seu valor descritivo está na importância da localização geográfica do sujeito e o seu valor dramático está no envolvimento, ou esmagamento, do sujeito pelo ambiente. Pode enfatizar a dominação do ambiente sobre o homem ou, simbolicamente, a solidão.
Plano Geral (PG) – Neste enquadramento, o ambiente ocupa uma menor parte do quadro: divide, assim, o espaço com o sujeito. Existe aqui uma integração entre eles. Tem grande valor descritivo, situa a ação e situa o homem no ambiente em que ocorre a ação. O dramático advém do tipo de relação existente entre o sujeito e o ambiente. O PG é necessário para localizar o espaço da ação.
Plano Médio (PM) – É o enquadramento em que o sujeito preenche o quadro - os pés sobre a linha inferior, a cabeça encostando na superior do quadro, até o enquadramento cuja linha inferior corte o sujeito na cintura. Como se vê, os planos não são rigorosamente fixados por enquadres exatos. Eles permitem variações, sendo definidos muito mais pelo equilíbrio entre os elementos do quadro, do que por medidas formais exatas. Ou seja, sujeito ou assunto fotografados estão ocupando boa parte do quadro, deixando espaço para outros elementos que deverão completar a informação. Este plano é bastante descritivo, narrando a ação e o sujeito. Os PM são bastante descritivos, diferem dos PG que narram a situação geográfica, porque descrevem a ação e o sujeito.
Primeiro Plano (PP) – Enquadra o sujeito dando destaque ao seu semblante, gesto, à emoção, à fisionomia, podendo também ser um plano de detalhe, onde a textura ganha força e pode ser utilizada na criação de fotografias abstratas. Sua função principal é registrar a emoção da fisionomia. O PP isola o sujeito do ambiente, portanto, “dirige” a atenção do espectador.
Plano de Detalhe (PD) – O PD isola uma parte do rosto do sujeito. Evidentemente, é um plano de grande impacto pela ampliação que dá a um pormenor que, geralmente, não percebemos com minúcia. Pode chegar a criar formas quase abstratas.
Dentro dos limites técnicos, temos possibilidades de controlar não só a localização do foco, como também a quantidade de elementos que ficarão nítidos. Além disso, podemos também trabalhar com a falta de foco, ou seja, o desfoque.
Podemos enfatizar melhor um elemento da fotografia sobre os demais, selecionando-o como ponto de maior nitidez dentro do quadro. A escolha depende do autor mas a força da mensagem deve muito ao foco. É ele que vai ressaltar um certo objeto em detrimento dos outros constantes no enquadramento. A pequena falta de foco de todos os elementos que compõem a imagem pode servir para a suavização dos traços, o contrario acontece quando há total nitidez, que demonstra a rudeza ou brutalidade da realidade.
Dentro dos limites técnicos, temos possibilidades de controlar não só a localização do foco, como também a quantidade de elementos que ficarão nítidos. Através destes controles, podemos destacar esta ou aquela área dentro de um assunto fotografado. E o foco que vai ressaltar um objeto em detrimento dos outros constantes da foto. Hiper-Focal: Nas câmeras populares a abertura do diafragma geralmente vai até o número 16, portanto com uma abertura pequena e uma profundidade de campo grande. É chamado de Hiper-Focal pois o infinito é o visor da câmera.
O captar ou não o movimento do sujeito é também uma escolha do fotógrafo. Às vezes, um objeto adquire maior realce quando a sua ação é registrada em movimento, ou o movimento é o principal elemento, portanto deve-se captá-lo. Outras vezes, a força maior da ação reside na sua estagnação, na visão estática obtida pelo controle na máquina. Sempre que um objeto se move em frente à câmera fotográfica, sua imagem projetada sobre o filme também se move. Se o movimento do objeto é rápido e a câmera fica aberta, por um tempo relativamente longo, essa imagem ou movimento será registrada como um borrão, um tremor, ou uma forma confusa. Se o tempo de exposição for reduzido, o borrão também será reduzido ou até eliminado. Um tempo de exposição à luz curto (velocidade alta), pode “congelar” o movimento de um objeto, mostrando sua posição num dado momento. Por outro lado, um tempo de exposição longo (velocidade baixa), pode ser usado deliberadamente para acentuar o borrão ou tremor sugerindo uma sensação de movimento. Uma regra prática para uma velocidade ideal é que o número da velocidade tem que ser maior do que a objetiva que está sendo usada.
Forma não é só o contorno; é o modo do objeto ocupar espaço. As possibilidades normais da fotografia, fornecem aspectos bidimensionais da imagem; a forma, enquanto aspecto isolado, pode fornecer a sensação tridimensional. A maneira pela qual a câmara pode fornecer a sensação tridimensional, depende de alguns truques visuais, tais como: a maneira pela qual as imagens são compostas; os efeitos da perspectiva; a relação entre os objetos longe e objetos próximos. Procure por formas que deem maior atenção visual ao centro de interesse da foto. Uma das formas seria selecionar um fundo suficientemente uniforme que não roube a atenção que o assunto principal merece.
Para isso seja simples, por exemplo: Decida qual é o centro de interesse; Escolha um fundo conveniente, evite fundos confusos; Altere o ângulo de tomada se necessário; Como deve ser o enquadramento – horizontal ou vertical; Decida qual a porção da cena deve ser incluída na foto, evite assuntos não relacionados com o assunto principal.
Componha sua foto de forma que a razão de tê-la tirado fique claramente expressa. Faça com que as demais áreas da foto complementem harmoniosamente aquilo que foi escolhido como o centro de interesse. Não importa o assunto que tenha sido escolhido para ser fotografado, o importante é evitar as fusões. Lembre-se: nós vemos as coisas em três dimensões, portanto, é mais freqüente do que se imagina o fotógrafo concentrar-se somente no assunto principal e não perceber que o fundo está interferindo. Você pode estar certo de que a câmera sempre registra as fusões, portanto sempre antes de posicionar seu assunto, preste mais atenção ao fundo deste. Cortar cabeças, pés ou pessoas pela metade, também estamos cometendo uma fusão, esta é chamada de fusão de bordas.
Composição por centro de interesse, exemplo:
Composição por direção, por tamanho e por contraste, exemplo:
Composição por ritmo, exemplo:
Composição por proporção. Outra forma de se dividir a fotografia, no qual se tem um resultado agradável é traçar uma linha imaginária onde o ponto de ouro fique no 1/5:
Em fotografias de arquitetura, escada, teto, lustre, porta, janela, fechadura etc. Foto sangrada de um prédio é uma boa opção. Ponto de fuga (exemplo acima, lado direito).
A câmara pode ser situada tanto na mesma altura do sujeito, como também abaixo ou acima dele. Ao fotografarmos com a máquina de “cima para baixo” (mergulho), ou de “baixo para cima” (contra-mergulho) temos que nos preocupar com a impressão subjetiva causada por esta visão. A máquina na posição de mergulho, tende a diminuir o sujeito em relação ao espectador e pode significar derrota, opressão, submissão, fraqueza do sujeito; enquanto que o contra-mergulho pode ressaltar sua grandeza, sua força, seu domínio. Evidentemente estas colocações vão depender do contexto em que forem usadas.
É a mais imediata evidência da visão. Ela pode propiciar uma maior proximidade da realidade, limitando a imaginação do espectador, o que já não acontece nas fotos B&P que nos fornece, nos meios tons, a sensação de diferença das cores. A escolha de B&P ou colorido, vai determinar diferentes respostas do espectador, já que as cores também são uma forma de sugerir uma realidade enganosa. A cor pode e deve ser usada desde que sob um cuidadoso controle estético. Existe uma “escala de cinzas” medida em progressão logarítmica, que vai do branco ao preto. Esta escala é de grande utilidade, podendo-se através dela interferir no resultado final da fotografia.
A textura fornece a ideia de substância, densidade e tato. A textura pode ser vista isoladamente. A superfície de um objeto pode apresentar textura lisa, porosa ou grossa, dependendo do ângulo, dos cortes, da luz... A eliminação da textura na fotografia pode causar impacto, uma vez que é a forma de eliminar aspectos da realidade, distorcendo-a. A textura é elemento muito importante para a criação do real dentro da fotografia, embora possa, também, desvirtuá-lo.
A textura e a forma espacial estão intimamente relacionadas, entendendo-se como textura a forma espacial de uma superfície. É através da textura que muitas vezes podemos reconhecer o material com o qual foi feito um objeto que aparece em nossa fotografia, ou podemos afirmar que em tal paisagem o campo que aparece é gramado ou não de terra. Uma fonte luminosa mais dura, forte e lateral, irá privilegiar mais a textura; enquanto uma luz mais difusa, indireta, suave, poderá fazer desaparecer uma textura ou diminuir sua intensidade. A textura pode ser considerada um fator de importância em uma fotografia, em virtude de criar uma sensação de tato, em termos visuais, conferindo uma qualidade palpável à forma plana. Ela não só nos permite determinar a aparência de um objeto, como nos dá uma ideia da sensação que teríamos em contato com ele. Podemos, através da luz, acentuar ou eliminar texturas, a ponto de tornar irreconhecíveis objetos do cotidiano.
A iluminação fornece inúmeras possibilidades ao fotógrafo. Ela está interligada aos outros elementos da linguagem, funcionando de forma decisiva na obtenção do clima desejado, seja de sonho, devaneio, ou de impacto, surpresa e suspense. A iluminação pode enfatizar um elemento, destacando-o dos demais como também pode alterar sua conotação. A maioria dos objetos de uso diário pode ser identificada apenas pelo seu contorno. A silhueta de um vaso, colocado contra a janela, será reconhecida de imediato, porque todos nós já vimos muitos vasos antes. Contudo, o espectador pode apenas tentar adivinhar se ele é liso ou desenhado, ficando com a incerteza até que consiga divisar com clareza sua forma espacial. E esta depende da luz.
A luz é indispensável à fotografia. A própria palavra “fotografia”, cunhada em 1839 por Sir. John Herschel, deriva de dois vocábulos gregos que significam “escrita com luz”. A luz cria sombras e altas-luzes, e é isso que revela a forma espacial, o tom, a textura e o desenho. A fotografia é afetada pela qualidade e direção da luz. Qualidade é o termo que aplicaremos para definir a natureza da fonte emissora de luz. Ela pode ser suave, produzindo sombras tênues, com bordas pouco marcadas (por exemplo, a luz natural em um dia nublado); ou dura, produzindo sombras densas, com bordas bem definidas (luz do meio-dia).
A altura e direção da luz têm influência decisiva no resultado final da fotografia.
Dependendo da posição da luz da fonte luminosa, o assunto fotografado apresentará iluminada ou sombreada esta ou aquela face. A seleção cuidadosa da direção da luz nos permite destacar objetos importantes e esconder entre as sombras aqueles que não nos interessa. Para se fotografar, sabemos que necessitamos de luz, mas nem sempre isto é possível, pois as condições de luz, às vezes, não nos favorece. Para estes momentos, o fotógrafo usa um recurso que possibilita recuperar esta condição desfavorável, o flash. Estas condições desfavoráveis podem ser, o interior de um ambiente, um quarto escurecido, um estúdio ou uma foto noturna.
A luz de um flash imita ou procura imitar a tonalidade alcançada pela luz do sol, a qual conhecemos como temperatura de cor, e a luz do sol chega a 6.500 graus Kelvin. Por este motivo, ao comprar um filme para se fotografar com flash, não esqueça de pedir um filme “Day Light”, que é o filme balanceado para a luz do sol.
As aberrações podem ser causadas quimicamente ou opticamente. Todas as deformações da imagem, que a técnica fotográfica nos permite usar, têm conotações bastante marcantes. As deformações, causadas nas proporções das formas dos elementos da foto, fogem á realidade causando um forte impacto. Outras aberrações, como a mudança dos tons, das cores, pode criar um clima de sonho, de “fora do tempo”, de irreal. Todas estas mudanças da realidade provocadas intencionalmente pelo fotógrafo, têm como objetivo primordial a alteração do clima de realidade e, portanto, devem ser muito bem elaboradas.
A perspectiva auxilia a indicação da profundidade e da forma, uma vez que cria a ilusão de espaço tridimensional. Ela se determina a partir de um ponto de convergência que centraliza a linha, ou as linhas principais da fotografia. As fotografias são bidimensionais: possuem largura e comprimento, e para se conseguir o efeito de profundidade é preciso que uma terceira dimensão seja introduzida: a perspectiva.
Sem dúvida a perspectiva não passa de uma ilusão de ótica. Quando seguramos um livro, mantendo o braço esticado, este objeto dará a impressão de ser tão grande quanto uma casa situada a uma centena de passos. Quanto mais se reduz a distância entre o livro e a casa, mais os objetos se aproximam de suas verdadeiras dimensões. Só quando o livro se encontra em um plano idêntico ao da casa, é que o tamanho aparente de cada um deles equivale com exatidão ao real.
Através da perspectiva, linhas retas e paralelas dão a impressão de convergir, objetos que encobrem parcialmente a outros dão a sensação de profundidade, e através do distanciamento dos objetos temos a sensação de parecerem menores.
Podemos utilizar a perspectiva para criar impressões subjetivas, e o caso de efeitos de “Mergulho” fotografar com a câmera num ângulo superior ao assunto, diminuindo-o com relação ao espectador; e “Contra-mergulho” a câmera num ângulo inferior ao assunto criando uma sensação de poder, força e grandeza. Cada um destes recursos deverá ser utilizado de acordo com o contexto e o objetivo do fotógrafo.
O desenho pode transformar-se em um tema, e introduzir ordem e ritmo em uma foto que, sem ele, talvez parecesse caótica. Nos casos onde o seu efeito é muito grande, ele pode dominar a imagem, a ponto de os outros componentes perderem quase por completo sua importância.
As linhas constituem um importante papel na composição, e linhas diagonais são muito dinâmicas. Você pode usar linhas diagonais como linhas de condução a fim de proporcionar um direcionamento na foto. Podemos usar linhas repetidas para chamar a atenção do observador para o centro de interesse, ou também podemos usar qualquer outra simples forma geométrica para ajudar na composição das fotos. Uma das mais atrativas linhas usadas na composição é a chamada curva em “S”. Desenvolve-se mais senso artístico, estudando fotos de forma a encontrar a força de suas linhas, as formas geométricas e o equilíbrio.
Linhas e formas podem ser usadas para criar imagens abstratas, subjetivas, ou para desviar a atenção do assunto principal de uma fotografia.
Composição é o arranjo visual dos elementos, e o equilíbrio é produzido pela interação destes componentes visuais.
O equilíbrio perfeito independe dos elementos individuais, mas sim do relativo peso que o fotógrafo dá a cada elemento. Desta maneira, considera-se que o mais importante para o equilíbrio é o interesse que determinará a composição dos outros elementos. Equilíbrio perfeito é simplesmente arranjar as formas, o volume, a localização, as cores, a conceituação, e as áreas de luz e sombras que se complementam mutuamente para dar uma aparência bem equilibrada. Como todos os outros elementos, o equilíbrio será conseguido de acordo com os propósitos do fotógrafo, de evocar ou não estabilidade, conforto, harmonia etc.
A capacidade para selecionar e dispor os elementos de uma fotografia depende em grande parte do ponto de vista do fotógrafo. Na verdade, o lugar onde ele decide se colocar para bater uma foto constitui uma de suas decisões mais críticas. Muitas vezes uma alteração, mesmo mínima, do ponto de vista, pode alterar de forma drástica o equilíbrio e a estrutura da foto.
Por isso, torna-se indispensável andar de um lado para o outro, aproximar-se e afastar-se da cena, colocar-se em um ponto superior ou inferior a ela, a fim de observar o efeito produzido na fotografia por todas essas variações. A composição nada mais é do que a arte de dispor os elementos, do assunto a ser fotografado, da forma que melhor atenda nossos objetivos.
Explore o equilíbrio simétrico, e explore também o equilíbrio não simétrico, que em geral é muito mais interessante que o equilíbrio simétrico. Dê às suas fotos uma sensação de informalidade e descontração...
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